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| @foto: João Domingos |
A AF Beja depois de entrar a vencer no Torneio Interassociações Sub-16 em Futsal Feminino a decorrer este fim de semana em Ponte de Sôr, a seleção bejense sofreu uma pesada derrota frente à AF Lisboa, aquela que é considerada a melhor equipa da competição e onde se encontra reunida a base da seleção nacional do escalão.
Apesar desta derrota, e caso as lisboetas confirmem o favoritismo esta tarde perante a AF Algarve, a AF Beja garantirá o segundo lugar no grupo que na pior das hipóteses levará no dia de amanhã a discutir o 5º e 6º lugar na Zona Sul do Torneio.
Resultados da manhã de hoje:
AF Castelo Branco 2-5 AF Évora
AF Beja 0-13 AF Lisboa
AF Portalegre 2-2 AF Santarém (Portalegre venceu GP)
AF Setúbal 7-6 AF Madeira
Grupo 4
1º- AF Portalegre, 4 pontos
2º- AF Madeira, 3 pontos
3º- AF Setúbal, 3 pontos
4º- AF Santarém, 1 ponto
Grupo 5
1º- AF Évora, 3 pontos
2º- AF Castelo Branco, 3 pontos
3º- AF Leiria, 0 pontos
Grupo 6
1º- AF Lisboa, 3 pontos
2º- AF Beja, 3 pontos
3º- AF Algarve, 0 pontos
1 Comentários
Olho para este tipo de vanglória por resultados obtidos e questiono se nós pessoas ligadas ao futebol distrital podemos ficar satisfeitos. Uma participação num torneio interassociações de futsal, uma vitória e como consequência do tipo de alinhamento classificativo pré estabelecido honra-nos um 6º lugar. Glorifico o empenho das atletas acima de tudo quando lutam por vezes contra preconceitos concebidos por uma sociedade retrógrada felizmente numa minoria. Dou valor ao trabalho dos técnicos que a troco de qualquer coisa tentam colocar em campo a sua sabedoria. Mas o meu reparo não vai particularmente de encontro a este torneio, nem ao resultado obtido, mas sim de uma forma geral aos resultados obtidos na formação distrital e aquilo que é a realidade actual. Recebemos no distrito selecções nacionais no âmbito da formação (sub-14, sub-15 e por aí adiante) com elas vêm outras selecções de outros países e em que a nossa associação de futebol recebe louros e agradecimentos por saber receber e bem tratar. Tem custos, tudo isto tem muitos custos. E retorno? Qual é o retorno? Quais foram as associações nacionais que se deram ao luxo de ter tantos estágios da formação da FPF na sua área de jurisdição?
ResponderEliminarSão questões que não sei responder, não é dado conhecimento publico dos custos e consequentemente também não é dado conhecimento do retorno desportivo que tais aparições têm para a formação distrital.
A exigência a nível de formação por parte da AFB não é nenhuma na medida em que apenas a troco do recebimento de taxas organizativas são realizadas algumas provas que depois de esticadas por uns míseros 5 meses de actividade, com inúmeras paragens pelo meio, acabam por deixar nos atletas um não sei quem de sabe a pouco.
Como se pode ter uma formação forte se um atleta tem 5 meses de actividade aos solavancos e 7 meses de férias? Olho para outros campeonatos organizados por associações vizinhas e vejo miúdos de 8/9 anos com 9 meses de actividade sem interrupção. Como recuperar o nível de competição de um atleta que parou em Março e só volta a competir em Outubro ou Novembro? Assim resta aos clubes "inventar" soluções em prol da continuidade. Clubes que nesta altura do campeonato já estão "falidos" e sugados pelos milhares de euros em inscrições, taxas de organização e apostas financeiras megalómanas em planteis de futebol sénior, almejando não sei bem o quê nem o porquê.
O futebol distrital merece mais do que tem. Participar num torneio de 4 equipas ficar em 3º e vangloriar-se do feito é para quem não vê mais longe. O distrito de Beja tem miúdos com muita qualidade. Todos os anos sai daqui alguém para os chamados grandes porque tem qualidade. Criar condições, incentivar e melhorar é algo que todos devem ter em mente quando se fala de formação no futebol. Criar passereles para passear os nossos orgulhos individuais não é a forma de levar o futebol distrital mais longe. Investir e trabalhar primeiro internamente os recursos do futebol e para o futebol, para fomentar a procura de resultados brilhantes é que tem que ser o caminho.